A eclosão das revelações das denúncias de corrupção no gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro vem alimentando uma tentativa da esquerda, de uma parte da imprensa, e até mesmo do povo "isentão" de criar uma narrativa de equalização em termos de corrupção entre Bolsonaro e Lula. O que é uma piada, dada as dimensões dos dois casos.
Vamos colocar em perspectiva. É óbvio que houve rachadinha e que a loja da Kopenhagnen foi usada para esquentar o dinheiro desviado do salário dos assessores. Mas isso coisa de ladrão de galinha, coisa de milhares de reais. O MP do Rio mostra R$ 2 milhões de transferências ao longo de 12 anos, e isso dá R$ 160 mil por ano, sendo que a maior parte desse dinheiro era de salário dos familiares do Queiroz. Ou seja, pelo que o MP-Rio sugere, ele colocava as filhas e a mulher como funcionárias fantasmas para pegar o salário e desviar para o deputado.
E vamos deixar claro. É coisa de ladrão de galinha, são valores pequenos, mas para efeitos penais o valor não importa. Caso seja provado, serão crimes de peculato e lavagem de dinheiro. Entretanto, é necessário ponderar que o que o MP-RJ mostrou até agora são indícios, robustos sim, mas não provas. Com o que foi mostrado até agora, é impossível um juiz condenar. A não ser que haja um depoimento, uma delação de um assessor, o que até agora não houve, não tem como condenar o senador Flávio Bolsonaro, e tanto é assim que o MP-RJ nem sequer apresentou denúncia. Há, contudo, um prejuízo político evidente.
Colocando em perspectiva, não há como comparar isso com a corrução institucionalizada, provada e condenada de bilhões de dólares no governo do Lula. O BNDES mesmo acabou de mostrar que só o porto de Mariel, em Cuba, construído com dinheiro do BNDES está deixando um rombo de mais de R$ 2,3 bilhões de reais. O que se desviou da Petrobras no governo do Lula foi na casa de centenas de bilhões de dólares.
Ou seja, não passa de uma piada sem graça querer dar a mesma dimensão do que aconteceu com o gabinete do Flávio Bolsonaro com a corrupção que ocorreu no governo Lula e do PT.
Ótima comparação, parabéns!
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