terça-feira, 3 de julho de 2012

Imóveis: o momento de comprar é agora, e quem adiar a compra vai pagar mais caro

A empresa de pesquisa imobiliária DataShore divulgou dados de um levantamento sobre as perspectivas do mercado imobiliário no Brasil. O primeiro dado que chegou à imprensa foi o que indicava queda no número de investidores e consequente diminuição na intenção de compra de imóveis, que caiu de 31% no fim de 2010 para 27% agora.


Esse número foi comemorado nos sites de torcedores pelo estouro de uma suposta bolha imobiliária brasileira, como um indício de que há um excesso de investidores no mercado - o que seria, segundo o entendimento mainstream desses sites, um claro indicativo de formação de uma bolha de preços.

Essa concepção está equivocada por vários motivos: o mercado imobiliário sempre tem um importante componente de investimento; os investidores formam uma demanda real, e não artificial, já que têm dinheiro - até mais que os compradores finais. A pesquisa da DataShore identificou uma presença de 40% de investidores nesse mercado.


Outro aspecto interessante, é que o mesmo site que comemorou e publicou o dado inicial sobre a presença de investidores, ignorou a entrevista que o presidente da DataShore concedeu ao jornal Valor Econômico, onde ele destaca que o mercado imobiliário vive momento de euforia e que há mercado para tudo o que é feito.

Posteriormente surgiram outros dados sobre tal pesquisa ainda mais interessantes, pois sugerem o comportamento futuro do mercado de imóveis no Brasil. Os dados são oriundos de 35 mil entrevistas de campo com potenciais consumidores de imóveis de todas as regiões do Brasil.

Demanda - Intenção de compra

A demanda potencial por imóveis é traduzida na pesquisa como a "Intenção de compra em imóveis", sendo divida em dois indicadores - intenção de compra nos próximos 12 meses e intenção de compra nos próximos 24 meses. Segundo a DataShore, o nível de demanda que equilibra o mercado é de 30%.


Como visto acima, este o índice em dezembro de 2008 estava 8% em São Paulo, refletindo os efeitos da crise econômica dos EUA paralisou o setor imobiliário brasileiro.

Aceleração do mercado - decisão de compra



No mesmo período, a decisão de compra em 12 meses, indicador de aceleração do mercado, ficou em 51%. O indicador foi subindo até o pico de 76% em janeiro de 2011, momento a partir do qual começou a cair. Apenas recentemente começou a dar sinais de subida novamente.

Assim, o mercado imobiliário paulista observou desaceleração em 2011, refletindo os sinais de crise econômica nos EUA e Europa, mas deve ganhar mais força em 2013. Entretanto, apesar isso, comprar um imóvel está longe de ficar com um ‘mico’ na mão, pois a o que mantém a comercialização em médio prazo é a intenção de compra em 24 meses. 


Só para se ter uma idéia, em dezembro de 2011 este índice foi de 26%. Nos primeiro trimestre deste ano, já deu sinais de uma leve recuperação, alcançando 27%.
Por estar muito próximo de 30% que é o índice desejável para transformar bens em dinheiro, indica que a comercialização de imóveis ainda atrai uma parcela importante da população com poder de consumo para fazer o mercado girar.

Os indicadores mostram que hoje, o maior problema do mercado imobiliário é a desaceleração da decisão de compra para 12 meses que recuou 23% em relação a janeiro do ano passado. Neste período passou de 76% para 53%. Além disso, a pesquisa Datastore mostra uma queda de 7% no número de investidores. Os levantamentos indicam que um dos fatores que mais pesa nesta desaceleração é a proximidade da entrega de imóveis comprados na planta pelos investidores nos últimos 30 meses e que estarão no mercado até o final deste ano.

Por isso, a expectativa para o mercado de São Paulo é de que em 2013 retome uma demanda mais acelerada que deve ter como principal alavanca o retorno dos investidores e o lançamento dos melhores projetos por parte das empresas do setor.

Oportunidades fora de São Paulo

Se o mercado imobiliário de São Paulo apresenta-se com níveis de intenção de compra abaixo de 30% (nível de equilíbrio), e, portanto com baixa demanda, outras regiões do Brasil mostram-se mais promissoras, com maior índice de intenção de compra, e portanto, demanda. A campeã nesse quesito é Brasília, com 39%.


Depois de Brasília, destaca-se Fortaleza com 38%, São Luiz com 35%, seguido de Campo Grande com 34%. Em todos estes centros a pesquisa tomou como base pessoas com renda familiar acima de 4 mil reais. 

A explicação para este resultado é a maior renda per capta de Brasília e os investimentos que vêm sendo realizados nas outras regiões.

Comprar na baixa e vender na alta - a baixa do mercado é agora

A dica para ganhar dinheiro com imóveis, apontada pela pesquisa Datastore, é investir nos momentos de baixa aceleração do setor para vender nos momentos de alta velocidade de negócios, quando a falta de oportunidades no mercado faz o valor dos imóveis disparar. 

Por isso, para quem tem condições de investir o momento é agora. Quem adiar a decisão pode pagar muito mais caro.

Com informações: DataShore


3 comentários:

  1. Comprar na baixa e vender na alta.

    Mas estamos no pico da alta, pois os imóveis subiram mais de 140% entre 2007 e 2012, portanto o momento está bom para vender, e não para comprar.

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  2. Os imóveis em Brasília abaixaram de preço. Apartamentos anunciados por R$ 11.000 já estão sendo comercializados por R$ 8.000.

    Quem não comprar agora e juntar dinheiro vai pagar mais barato no futuro, pois há muito imóvel encalhado e sendo distratado com as construtoras.

    E cada dia que passa os donos dos imóveis antigos estão mais desesperados, pois sequer recebem visitas de possíveis compradores.

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    Respostas
    1. Eu realmente gostaria de saber qual imóvel caiu de 11 para 8k/m2 em BSB. Pedi para um bolhota indicar, e até agora nada.

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