O crédito é um dos principais responsáveis pela expansão do setor imobiliário no Brasil nos últimos anos. Entretanto, em que pese sua expansão, que passou de cerca de 1,5% do PIB em 2003 para os atuais 4% do PIB, com estimativa de chegar a 6% em 2014, o fato é que essa parcela ainda é muito pequena quando comparada com outros países. Nações desenvolvidas como Austrália, Estados Unidos e Reino Unido, por exemplo, o crédito imobiliário atinge algo como 80% do PIB, e mesmo em mercados de países latino-americanos, como Chile e México, esse indicador atinge valores como 15% do PIB. Esses números evidenciam que há muito espaço para a expansão do crédito imobiliário no Brasil, mas a questão que fica é: de onde virão os recursos?
O gráfico acima, elaborado pelo Núcleo de Real State da POLI-USP, mostra que o principal instrumento de fornecimento de recursos para o setor imobiliário - a Caderneta de Poupança - mostra sinais de esgotamento, tendo em vista o descompasso entre a captação e a concessão de empréstimos. Caso esse problema não seja resolvido, em um curto espaço de tempo o crédito imobiliário no Brasil pode entrar em colapso.