quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Fipe-Zap de setembro: queda de 1.7% nos imóveis no DF

Hoje tivemos a divulgação do indicador FIPE-ZAP dos preços dos imóveis relativo à setembro de 2012. O indicador nacional - média das sete regiões analisadas - mostrou que os imóveis se valorizaram 0,9% nesse último mês, entretanto, dessas regiões, tivemos valorização em cinco, e queda de preços (desvalorização) em duas.

Bolha Imobiliária - Brasil

A queda mais expressiva apareceu no Distrito Federal, com uma retração de 1.7% nos preços em setembro de 2012.

Fipe-ZAP - Bolha Imobiliária

Os preços do mercado imobiliário do DF tem como principal driver a evolução da massa salarial dos servidores públicos, e, como esse segmento está praticamente sem aumento desde 2010, os preços de imóveis no DF vêm apresentado um desempenho baixo quando comparado com as demais regiões.


Bolha Imobiliária - Brasília

Outro aspecto que precisa ser apontado é que essa queda de 1.7% foi influenciada, prioritariamente, pela expressiva queda de 8.4% nos preços dos apartamentos de quatro quartos, conforme mostrado no quadro abaixo.

Bolha Imobiliária - Brasília

Se o DF apresentou uma queda expressiva de preços, São Paulo, que tem uma economia muito mais vinculada ao desempenho do setor privado, mostra uma aceleração na valorização, com o indicador apresentando 1.5% de evolução em setembro - terceiro mês consecutivo de aceleração.

Bolha Imobiliária - São Paulo

Quando se analisa os dados discretos dos bairros, temos um panorama mais claro sobre quais bairros sofreram com a maior desvalorização no mercado do Distrito Federal. No caso do Plano Piloto, o Noroeste foi o bairro mais afetado, com queda de 2.45% em Setembro.


Enquanto a Asa Sul observou uma valorização de 0,2%. No gráfico abaixo temos a variação do Sudoeste, com retração de 2.1%.


E, no mesmo gráfico, a Asa Norte, com queda de 0,8% em setembro.

6 comentários:

  1. Poxa, parabéns que ao menos você demonstra que é possível sim ter o preço dos imóveis anunciados reduzidos.

    No entanto, a tentativa de justificativa não foi boa. Todo mundo sabe que o que importa para o mercado de imóvel não é o salário das pessoas, mas sim as disponibilidades renda+crédito ( e por renda entenda-se salário, lucros, juros, dividendos, royalties, direitos autorais e alugueis recebidos).

    Independente da massa salarial não evoluir, a renda das pessoas não diminuiu, logo, o acesso ao mesmo nível de crédito também não, na verdade até aumentou, porque as taxas de juros caíram, a renda futura trazida a valor presente aumentou, pois o denominador de [Renda futura/(1+taxa de juros)] caiu. Portanto, era pro preço dos imóveis permanecerem no mínimo estáveis (variação zero). Não é o que está ocorrendo. Se está corrigindo pra baixo significa que a oferta está excedendo o preço de reserva do consumidor, ou seja, a demanda potencial está menor.

    Só que... relaxa, em 2014 a torneira vai ser aberta (ano de eleição), aí os salários voltam a subir e aí volta a valorizar tudo de novo artificialmente. No entanto, se prepare! Em algum momento o ajuste fiscal precisará ser feito, e é nesse momento que o tombo vai ser grande, porque provavelmente se necessitará recessão para corrigir essas sandices fiscais de agora.

    Nada é tão bom que possa durar pra sempre, assim como nada é tão ruim que não possa piorar.

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    1. Primeiro que eu não dei explicação nenhuma. Apenas relatei um fato: que os preços caíram no DF. E até minha avó (que nasceu analfabeta) sabia que há uma correlação forte entre preço de imóvel e salário de funcionário publico no mercado de Brasília.

      Além disso, temos o fato que o que caiu mesmo no DF foram os preços anunciados de apartamentos de quatro quartos, e aí acho que temos uma possibilidade de explicação.

      Ocorre que em Agosto chegou ao mercado uma quantidade grande de aptos de 4 quartos entregues no Noroeste e no Park Sul. Com isso ocorreu uma elevação forte na oferta, e, portanto, o preço arrefeceu nesse segmento.

      Entretanto, observe que no segmento de 2 quartos os preços continuaram a subir.

      De qualquer forma, as especuladoras (es) imobiliários saíram de BSB faz tempo, e muitas (os) estão posicionadas (as) em SP e RJ. Eu mesma estou comprando no Noroeste, mas estou posicionada em termos de investimento em SP em unidades de 2 quartos. E essa situação me deixa bastante satisfeita, pois vejo meus ativos em SP se valorizarem mais e mais.

      Lucrar é bom demais!

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    2. Seus ativos se valorizarem mais e mais? Hmm, essa frase até está ok.

      Mas "lucrar é bom demais!", essa não está ok. Lucro em qualquer ativo só existe depois da realização.

      Eu comprei ações de siderúrgicas em 2007 a 20 reais. Elas foram a 100 no início de 2008. Eu lucrei porque elas se valorizaram? Não, porque eu não realizei os lucros.

      E sim, acabei micando depois de um tempo. Estou triste com isso? Não! Primeiro: invisto no longo prazo, para minha aposentadoria. Segundo: meu investimento em ações é módico e contínuo, e ultra, mega, giga, tera líquidos. E já fiz a média pra baixo e já estou no positivo de novo.

      Agora, imóveis....O fato de estar "cotado" a um preço não significa que vc está lucrando, só depois de realizar o lucro é que vc poderá estar lucrando.

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    3. E ah, todos nós nascemos analfabetos. Mesmo gênios!!!

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    4. Foi ironia minha com a famosa frase de sua eçelençia ao companheiro, segundo o qual a mãe dele nasceu analfabeta.

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  2. Kássia, você trabalha como corretora imobiliária como ocupação principal ou é uma atividade paralela?

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