sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Imóveis vão subir no mínimo 10% nos primeiros 6 meses de 2013, segundo professor da FGV

Quem acompanha este blog sabe que desde sempre nossa opinião é a de que não existe nenhuma bolha no mercado imobiliário brasileiro. Mais: acreditamos que os preços devem continuar a subir, inclusive, mais intensamente em 2013 do que o observado em 2012, e, portanto, quem não comprar agora, vai pagar mais caro no futuro.


Pois bem, uma notícia no Infomoney informa que os "preços dos imóveis devem continuar subindo em 2013, dizem especialistas", como o professor Paulo Gala da FGV, que faz a seguinte estimativa sobre os preços dos imóveis: "nos primeiros seis meses de 2013 a alta vai passar dos dois dígitos – de no mínimo 10%." A notícia completa segue abaixo.

"A tendência para 2013 no mercado imobiliário é que os preços continuem crescendo nas capitais. É o que acredita especialistas que acompanham o setor.

O professor de Economia da FGV (Fundação Getulio Vargas), Paulo Gala, crê que os preços dos imóveis, em geral, vão continuar subindo, mas num ritmo mais lento. “Os preços estão subindo mais lentamente e mesmo assim as pessoas ainda estão (e continuarão) comprando”, expõe o professor ao ressaltar os impactos na compra pelas ofertas de crédito imobiliário.

Já o CEO da Vitacon Incorporadora e Construtora, Alexandre Frankel, acredita que, em 2013, os preços continuarão a subir, ao menos, durante o primeiro semestre. “O efeito da queda na taxa de juros só deve começar a ser sentido após os seis primeiros meses do próximo ano para os compradores de imóveis", diz ele, comentando que somente num prazo mais longo os custos dos empréstimos deverão diminuir para os bancos, refletindo a queda da taxa Selic, que na última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) foi reduzida de 7,5% para 7,25%.

Frankel diz não acreditar tanto nos impactos da redução da Selic num curto prazo, até por conta da alta demanda por novos empreendimentos nas capitais. “São Paulo e Rio, por exemplo, passam por um caso atípico de grandes capitais com dificuldades em colocar novos projetos no mercado, prejudicando assim a oferta que é bem menor que a demanda, gerando uma sustentação aos preços”, diz ele explicando que nos primeiros seis meses de 2013 a alta vai passar dos dois dígitos – de no mínimo 10%.


No mês de setembro, o preço dos apartamentos usados aumentou 0,9% em relação a agosto e o metro quadrado está custando em média R$ 6.862, conforme dados do indicador Fipe/Zap, baseado em seis capitais brasileiras. Estes são só mais alguns números que mostram o aumento dos preços de imóveis no Brasil.

Otimismo

A questão da contínua alta nos preços imobiliários dos últimos anos é polêmica. O professor Gala não se mostra pessimista e descarta a possibilidade de ocorrer formação de bolha no curto prazo.

“As pessoas continuarão comprando imóveis, o crédito facilitou e é possível parcelar em 35, 40 anos e além disso, a porcentagem do PIB (Produto Interno Bruto) destinada ao crédito imobiliário ainda é baixa”, lembra ele citando que existem países com níveis maiores como é o caso da África do Sul (mais de 42%) e do Chile (mais de 18% do PIB). “Não dá para dizer que existe bolha. No médio e longo prazo pode até surgir problemas no setor, mas por enquanto não”, finaliza."

30 comentários:

  1. Kassia,

    FGV por FGV, profecia por profecia, fico com a do Samy Dana, que disse que os imóveis cairiam mais de 50% em 2014.

    Com relação à sua opinião acima, explique-a melhor, pois você já disse que "SABE QUE O PICO DE PREÇOS OCORRERÁ EM 2013, QUANDO ENTÃO IREI VENDER". Então você acha que vai subir mais 10% e vai estabilizar, e depois disto você vai começar a vender para alguém que ainda ache que imóvel hoje é um bom investimento? Alguém que vai comprá-lo e não vai obter nenhuma valorização posterior (quem até uma forte desvalorização). É isso?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Eu vendo para quem decidiu comprar o meu imóvel, e pronto. Seja lá qual for a razão da compra não me interessa.

      Excluir
    2. Deve tá fumando dois maço por dia ein Kassiona....

      Excluir
    3. Hahahha, Kássia. Eu falo, o seu blog é um dos mais engraçados da internet para mim no momento.

      A primeira vez que vim no seu blog, entrei nas descrições do perfil e vi que vc tinha esse outro blog da fumaça. Fui vendo os posts e morria de rir um atrás do outro.

      Agora, quando li sua resposta, mais uma vez caí na gargalhada. It's so you!!!

      Já sou seu fã, kkk, mas não pelos argumentos refutando bolhas ou etc, mas sim pq vc é quase uma piada. rss

      Excluir
    4. É uma "Gina Indelicada" numa versão blog! hahaha Acho que não era a intenção inicial do blog, mas é bem divertido.

      Excluir
  2. Por que na notícia do Samy Dana ele é "pesquisador vidente" e no do Paulo Gala ele é só professor, sem nenhuma qualificação?

    ResponderExcluir
  3. o meu artigo do modelo de Yale/BIS:

    http://www.politicaeconomia.com/2011/09/o-que-explica-valorizacao-nos-precos.html

    Temos que:

    - 1% no crescimento do PIB está associado a um crescimento de 1% a 4% no preço dos imóveis

    - uma redução de 1% nas taxas de juros está associada a uma elevação de 0,5% a 1% nos preços dos imóveis depois de um ano.

    Os juros no Brasil caíram de 12,5 para 7,25, redução de 5,25% -> valorização real entre 2,625% e 5,25%.

    - PIB brasileiro subindo a uma taxa anaulizada de 4% -> valorização dos preços entre 4% e 16%, segundo o modelo de Yale/BIS.

    Usando os limites inferiores do modelo

    5,25% decorrente das taxas de juros e 4% do PIB:

    1,0525 x 1,04 = 1,0946.

    Ou seja, evolução de 9,46% REAL, segundo o modelo de Yale/BIS.

    Agora, gostaria que alguém me explicasse de onde o Sammy Dana tira queda de 50% em preços se a perspectiva é de crescimento do PIB e juros estáveis? Por isso que ele merece o nome de vidente.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Kassia, vc sabe que uma variação na relação crédito-imob PIB também tem efeito sobre o preço né?

      Supondo, tudo o mais constante, o (crédito imob)/PIB passou de 1% em 2008 para 5% em 2010 (variação de 400%). Os preços, por sua vez, subiram 100% no período.

      Para os preços subirem mais 100%, supondo tudo o mais constante, a relação (crédito imob)/PIB teria que aumentar mais 400%, ou seja, passar de 5% para 25% do PIB. Mas 100% é pegar pesado.

      Para subir 10% o preço dos imóveis, o (crédito imob)/PIB teria que crescer 40%, isto é, passar de 5% do PIB para 7% do PIB. Vc acha que em um ano o crédito imobiliário/PIB vai aumentar para 7%?

      Excluir
    2. e a brincadeira começou de novo...

      "Projeção para PIB em 2013 cai de 4,1% para 3,9%, aponta pesquisa da Febraban"

      http://economia.estadao.com.br/noticias/economia,projecao-para-pib-em-2013-cai-de-41-para-39-aponta-pesquisa-da-febraban,132355,0.htm

      Excluir
    3. Este comentário foi removido pelo autor.

      Excluir
    4. Kássia, mas se isso que vc disse é verdade, comprova que a valorização de mais de 100% nos últimos anos foi bem superior ao que a "teoria" dizia.... então a teoria é errada? ou a teoria limita o mínimo do crescimento? ou o máximo?
      ah... fiquei confuso, explica pra mim?

      Excluir
  4. Mesmo com os diversos indícios, só é possível constatar a existência de uma bolha quando ela de fato estoura. Acho que que a autora dos posts está sendo muito infeliz na sua tentativa claramente tendenciosa de provar sua inexistência partindo do princípio que crises são movidas pelo medo generalizado. Na minha modesta opinião, posicionamentos como este, só ajudam a espalhar o medo e a incerteza entre as pessoas. Acho que o tiro saiu pela culatra.

    ResponderExcluir
  5. O maior indicador de aquecimento ou desaquecimento de um setor pra mim, é o ritmo de vendas, veja só a palavra de um corretor nessa matéria do G1: http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2012/10/com-precos-muito-altos-vendas-de-imoveis-caem-em-capitais-brasileiras.html

    Se é bolha, não sei, o que eu sei é que quando qualquer bem está com as vendas emperradas por conta do preço a tendência é que o preço baixe. A queda de preço independe da vontade de economista, corretor, especulador. Quem manda no setor é o consumidor final, se este não consegue pagar, quebra todo o resto.

    ResponderExcluir
  6. Os preços subiram, MAS as pessoas não estão comprando. E quanto mais os preços sobem, MENOS as pessoas comprarão. Exemplo disto é o Setor Noroeste. Um bairro inteiro com muitos imóveis à venda. As pessoas querem comprar, mas como os valores são muito altos, os imóveis ficam encalhados, pois não há demanda para imóveis daquele valor. O resultado disto é o que vem acontecendo. Confira a reportagem:

    http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2012/10/com-precos-muito-altos-vendas-de-imoveis-caem-em-capitais-brasileiras.html

    ResponderExcluir
  7. Os preços subiram, MAS as pessoas não estão comprando. E quanto mais os preços sobem, MENOS as pessoas comprarão. Exemplo disto é o Setor Noroeste. Um bairro inteiro com muitos imóveis à venda. As pessoas querem comprar, mas como os valores são muito altos, os imóveis ficam encalhados, pois não há demanda para imóveis daquele valor. O resultado disto é o que vem acontecendo. Confira a reportagem:

    http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2012/10/com-precos-muito-altos-vendas-de-imoveis-caem-em-capitais-brasileiras.html

    ResponderExcluir
  8. Kássia,

    Se a renda no Brasil está crescendo, se todo mundo está querendo e podendo comprar imóveis, o que acontece depois que todos tiverem habitação? Porque do jeito que vc fala, passa a impressão que a demanda tá enlouquecida, todo mundo tá PODENDO e está EFETIVAMENTE comprando imóveis. Vai chegar uma hora que todo mundo terá sua casa e aí o que acontece com os lançamentos e o estoque dos imóveis desocupados?

    Não adianta falar que o déficit é altíssimo e que demorará a ser suprido, pois quem mora na Estrutural ou na Rocinha não entram na conta do déficit. Eles jamais serão capazes de comprar uma casa de 350 mil em sobradinho ou um apartamento de 320 mil na Abolição no Rio (que daqui a 3 anos, como vc diz, estará mais caro), quanto mais um ap de 1,3 milhão no Noroeste e um outro de 1,5 milhão em São Conrado, respectivamente.

    Aí o que você me diz?

    Ano passado eu fui simular um ap na planta que valia R$430 mil, 2 quartos e 63 m². Entrada de 90 meses, aquelas poeirinhas e firulagens de intermediárias e semestrais e nas chaves financiamento em 10 anos (30% do valor do imóvel na construção, ou seja, 70% financiado).

    Para financiar em 10 anos eu precisaria de uma renda de 22 mil reais para conseguir crédito no banco. 22 mil!!!!!

    É tão fácil ter uma renda dessas? Me sinto um incompetente, então.

    Fora que o bairro era a falsa "Barra da Tijuca", é o jacarepaguá que chamam de Barra Olímpica pra vender mais caro e que ainda só tem mato e mosquito. Eu demoraria 2 anos pagando as firulagens, mais 6 meses a 8 meses do atraso da obra, ficaria descapitalizado em 90 mil, preso a um financiamento possivelmente por uns 3 anos (caso eu deseja vender antes), teria taxa de decoração, itbi, registros cartoriais, taxa de ligação dos serviços públicos(nem sabia que isso existia), contribuição de melhoria, pq muito lugar ainda não tem asfalto, combustível para encarar os km entre barra e o centro e os engarrafamentos....

    Se eu, que estou no nonagésimo nono centil da distribuição de renda do Brasil teria que comprar financiado e mesmo assim não conseguiria em 10 anos,como a classe média vai fazer?

    A resposta é: Vão morar em Valparaíso de Goiás e Belford Roxo. Só se for.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Corrigir na parte que escrevi: "Ano passado eu fui simular um ap na planta que valia R$430 mil, 2 quartos e 63 m². Entrada de 90 meses, aquelas poeirinhas e firulagens (...)"

      por

      "Ano passado eu fui simular um ap na planta que valia R$430 mil, 2 quartos e 63 m². ENTRADA DE 90 MIL REAIS, aquelas poeirinhas e firulagens (...)"

      Excluir
  9. Kássia,

    Eu de novo, dando audiencia pro seu blog! hehehe
    A gente vem mais pra dar audiencia e pq vc parece uma pessoa autentica,
    nao pelas ideias! rsssss

    Como vc sabe, se vincular emocionalmente a um bem(investimento) é péssimo pra um investidor! Vamos ver se vc consegue um divorcio amigavel (bom preço) do teu investimento ano que vem! :D

    Como disseram ai em cima, bolha vc so confirma quando já estourou! A ver...

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Roni, ela é corretora, não é investidora.

      Excluir
    2. Henrique,

      Pelo que diz, ela é as duas coisas!!!

      Excluir
    3. Henrique,

      Pelo que (ela) diz, seria as duas coisas!
      Corretora e também investidora em imóveis!

      Excluir
  10. Agora que já sei que os preços vão aumentar, no mínimo, 10% nos 6 primeiros meses de 2013, estou curioso. Qual era a expectativa de aumento de vendas que existia para 2012 no final do ano passado?

    ResponderExcluir
  11. Cadê a Kássia? Teve uma síncope de alegria depois de vender um imóvel na sexta-feira?

    ResponderExcluir
  12. Kassia - sente essa (ou senta nessa tanto faz): Um apartamento bollhudo e um investitolo permanecerão muito tempo juntos :) :) :)

    ResponderExcluir
  13. Isso é pouco perto da valorização do Correio Braziliense:

    http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2009/11/08/interna_cidadesdf,153384/index.shtml

    ResponderExcluir
  14. Eu quero ver até onde o brasileiro aguenta. Daqui a pouco só os milionarios e depois só os bilionarios vão ter dinheiro pra pagar por um APERTAMENTO!!!! Aí quero ver pra quem iriam vender. Pois a grande massa é gente que ganha pouco e já não pode pagar por nenhum imóvel por mais ruim que seja. E ainda querem passar a ideia que esses aumentos absurdos tem como se sustentar. ACORDEM!!!! De que ainda ter tenta gente querendo comprar e não poder por causa do preço????

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Perfeitamente anônimo, do jeito que o povo está sem noção ultimamente... só milionários para comprar um APERTAMENTO.

      Excluir
    2. É o que está acontecendo no Setor Noroeste. Qualquer APERTAMENTO ali é R$ 800.000 com saldo devedor de uns R$ 500.000. E está tudo piorando, porque é muito raro alguém ter este dinheiro para pagar à vista. Outros dependem de vender um apartamento mais barato, mas aí tem o problema de achar o comprador e também o preço no outro imóvel. E queme vai financiar tem que ter renda para pagar, e cada vez que os preços aumentam, mais esta roda gigante gira mais lenta, mais lenta, até parar.


      Excluir
    3. Reclamar de preço do NW virou esporte brasiliense. Mas não é novo. Em 2009 foi criada uma tal de "Associação de Compradores de Imóveis do Noroeste".

      Segundo o site ( http://www.ascin.com.br ), eles "não iriam aceitar preços exorbitantes por parte das construtoras, afinal de contas elas precisam mais de nós do que nós precisamos delas."

      Inspirados no Barack Obama, cravavam: YES, WE CAN - SIM NÓS PODEMOS.

      kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

      Eles diziam "nós, vamos negociar em grupo com as construtoras, só assim vamos conseguir baixar os preços, não vamos mais aceitar as imposições das construtoras em relação aos preços dos imóveis, e o mais importante, nós temos o poder econômico nas mãos e vamos usa-lo e exercê-lo em nosso benefício."

      Isso é cacoete de brasiliense: cria associação para tudo. "Associação" é eufemismo para "lobby" mesmo, no Congresso, Executivo e Judiciário, mas tem gente que cria para isso também: tentar baixar preços de imóveis.

      Bom, essa ASCIN foi criada em 2009. Desde então, os preços subiram bastante. Alguém ouviu falar mais dela? Não, né. Mas o povo continua a reclamar dos preços...

      Excluir
  15. Desde 2010 vi várias pessoas/blogs comentarem a respeito de bolha imobiliária, ou seja, há mais de 3 anos muitos achavam que os preços tinham atingido o pico, vide essa"ascin". Hoje me parece que há consenso de que as altas enormes ocorridas nos últimos anos não ocorrerão mais, ficando a discussão entre se haverá altas em conformidade com a inflação, a estabilização dos preços ou o estouro de uma bolha. Como o mercado se comportará futuramente ninguém sabe, mas não há como negar que os que deixaram de comprar em 2010 achando que os preços cairiam certamente arrependidos.

    ResponderExcluir

Observação: comentários que contenham palavras de baixo calão (palavrões) ou conteúdo ofensivo, racista, homofóbico ou de teor neonazista ou fascista (e outras aberrações do tipo) serão apagados sem prévio aviso.

alert('Olá prazer em conhecê-lo!'); alert('Olá ' + comment.authorUrl + ', prazer em conhecê-lo!');