segunda-feira, 25 de junho de 2012

Economistas da Tendências e Rosenberg descartam Bolha Imobiliária no Brasil

Como sabemos, o BIS, aquele organismo internacional que gosta de ser chamado de Banco Central dos Bancos Centrais, mas que na realidade não serve para nada, a não ser arrumar emprego para apaniguados dos governos de plantão na Suíça, saiu-se com um documento que eles chamam de estudo, afirmando estar preocupado com a formação de bolhas de ativos imobiliários no Brasil.

Bolha Imobiliária no Brasil

Em uma situação normal esse tipo de informação nem seria considerado, mas como estamos vivendo um momento em que se discute muito uma eventual bolha imobiliária no Brasil, a imprensa resolve dar publicidade a essas opiniões travestidas de estudos.

Que o governo brasileiro é intervencionista, e que isso está gerando desequilíbrios que uma hora cobrarão o seu preço, todos sabemos. O que não sabemos é quando a conta chegará, mas uma coisa é certa: ela não chegará por intermédio do mercado imobiliário.

É claro que um cenário recessivo não casa com valorização real de imóveis, mas, se e quanto o ciclo recessivo chegar à economia brasileira, o máximo que vai acontecer será uma estabilização nominal nos valores de imóveis - o que representa desvalorização real. Mas isso, evidentemente, está muito longe de acontecer, por vários motivos.

Primeiro, os juros brasileiros ainda são muito altos e têm muito espaço para cair. Da mesma forma, a carga tributária ainda é muito elevada, que também permite reduções futuras já que a redução de juros reduz o custo de carregamento da dívida mobiliária e abre um espaço enorme no orçamento, podendo ser usado para desonerações fiscais.

Outro aspecto muito oneroso do orçamento fiscal são os salários dos funcionários públicos, que estão virtualmente congelados desde 2010.

Além disso, o cenário externo é francamente favorável à redução dos juros básicos interno, já que incorpora um canal deflacionário decorrente de ciclos recessivos (ou desaceleração na China) que está sendo combatido com flexibilizações monetárias (QE nos FED/USA, LiTRO no BCE/Europa).

Tudo somado, a perspectiva da economia brasileira é de crescimento anualizado em torno de 4% a partir de 2013, e juros básicos em queda. Como sabemos, juros em queda e PIB em elevação tende a desaguar em preços de imóveis mais elevados.

Além desses aspectos macroeconômicos, temos características específicas do mercado imobiliário brasileiro, como observado pelos analistas Amarylis Romano, da Tendências, e Rafael Bistafa, economista da Rosenberg, em matéria do Estadão.

Segundo tais economistas, "o Brasil não corre nenhum risco de registrar uma bolha do setor imobiliário no curto e médio prazos", discordando das avaliações do Banco de Compensações Internacionais (BIS).

Para Amarylis Romano, o que caracteriza uma bolha imobiliária é a "valorização excessiva de propriedades motivada por compra especulativa", algo que, segundo ela não está presente no Brasil: "Há um déficit no número de residências no País muito grande, que varia de 4,5 milhões a 7,5 milhões de residências. Portanto, há uma demanda vigorosa de imóveis para moradia, o que não significa especulação", destacou.

Amarylis aponta também que no Brasil o volume de crédito concedido para o setor habitacional, como proporção do Produto Interno Bruto (PIB), é muito baixo, pois está em 5%, enquanto chega a 11% no México, 19% no Chile, 81% nos EUA e 106% na Holanda. "Há um espaço grande para expansão de financiamentos para esse segmento produtivo sem provocar nenhuma dificuldade para o sistema financeiro nacional", afirmou.

Para Rafael Bistafa, economista da Rosenberg, a vigorosa expansão dos preços dos imóveis ocorrida nos últimos anos nas principais capitais do País, como São Paulo e Rio de Janeiro, faz parte de um processo de melhora das condições macroeconômicas do País propiciada por crescimento do PIB, inflação sob controle, baixo desemprego e aumento substancial da renda da população.

"Contudo, tudo isso ocorre porque há uma carência por imóveis muito grande no Brasil. Pode até haver algum movimento pontual de especulação por algumas pessoas, que compram imóveis como forma de investimento ou proteção de patrimônio, mas isso não chega a indicar que há uma bolha de imóveis no Brasil", afirmou.

Na avaliação de Bistafa, mudanças microeconômicas no País que ocorreram a partir de 2003, como a adoção do patrimônio de afetação, ajudaram a elevar as garantias para os agentes financiadores de que não serão afetados por um movimento grande de inadimplência de compradores de imóveis. Além disso, ele aponta que os bancos no Brasil são muito sólidos e bem cautelosos na liberação de crédito.

"Um outro fator importante é que no País a supervisão e a fiscalização do Banco Central sobre toda a atividade dos bancos, inclusive a relativa à área habitacional, diminuem muito os riscos de ocorrer qualquer movimento de bolha nesse segmento no País", disse Bistafa.

Em alguns países que enfrentaram problemas no setor não havia este tipo de análise vigorosa de órgãos regulatórios. Na Espanha, o sistema financeiro precisou de pacote de socorro emergencial de 100 bilhões de euros para evitar o surgimento de risco sistêmico, dado que a forte exposição daquelas instituições a ativos de recuperação difícil na área imobiliária chegaria a cerca de 180 bilhões de euros, apontam analistas internacionais.

"No caso do Brasil, as condições dos bancos são muito favoráveis e o BC tem controle absoluto sobre a supervisão de suas ações", ressaltou Bistafa.

Com informações : Estadão/MSN

PS: O vídeo abaixo é dedicado aos que esperam o estouro da suposta e fictícia bolha imobiliária brasileira. Vão precisar...de muita!

3 comentários:

  1. A mídia já está até começando a admitir essa bolha.
    As ações de empresas como gafisa, rossi, etc, estão caindo muito, pois o "dinheiro esperto" já saiu faz tempo e a bomba vai estourar na mão de investidores inexperientes pois estamos tendo indícios de um bull trap.
    Aqui em Santos/SP tem corretor desesperado. O pai de um amigo meu já não vende tem um bom tempo e a situação de insegurança por lá é generalizada. Os corretores já estão sendo orientados em relação a bolha.
    Aqui tem um empreendimento Aquaplay que é uma vergonha, não vende e também nunca termina.
    Construiram tantos edifícios comerciais aqui e tudo encalhado e pela quantidade teríamos que ter umas 1500 a 2000 empresas novas. E empregos ?
    Quem vai ocupar essas vags se o mercado está retraindo ?
    Acredito que já passamos da fase de negação não é ?

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  2. "...a vigorosa expansão dos preços dos imóveis ocorrida nos últimos anos nas principais capitais do País, como São Paulo e Rio de Janeiro, faz parte de um processo de melhora das condições macroeconômicas do País propiciada por crescimento do PIB..."
    ahUHAuAhuHAuHUaHauHAUA Ela ACREDITOU!!!!! :)

    Essa mina é uma piada mesmo!

    PIB inflado a crédito... agora chegou a hora de pagar a conta!

    Chega de negação. A coisa ficou PRETA!

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  3. O BIS nao serve para nada? Faz me rir!
    Num post mais antigo você mesma usou outro estudo do BIS para defender um desses seus
    Argumentos malucos!
    Minha expectativa êh que esse comentário seja. " rebatido" de forma fraca, carente e incoerente, como de praxe.
    Carente não de palavras e citações (essas abundam), mas carente de nexo e e coerência lógica dedutiva.

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